"A vida -- e não acredito que sou o primeiro a fazer esta comparação -- é uma doença: sexualmente transmissivel e invariavelmente fatal." [ Neil Gaiman ]
Hoje fiquei pensando no quanto o teatro serve de metáfora pra forma que vivemos nossas vidas.
Muitos de nós nos acostumamos a viver como nas peças gregas, com máscaras sociais tão fortemente presas em nossas faces, que sequer lembramos quem somos de fato. As máscaras escondem quem somos para o mundo, mas também escondem a verdadeira beleza do mundo para nossos olhos.
Alguns se viciam, por necessidade, por conveniência, por dor, por prazer em se comportar do jeito oposto ao que são, como formas vazias e sem nexo. Gestos artificiais, palavras sem sentimento, uma peça com atores ensaiados, mas que não comovem.
Outros, deixam o palco da vida, das lutas, dos embates, das epifanias, do risco para alguns poucos e se acostumam a ser figurantes, meros rostos e sussurros no fundo da vida de outros. Vivem no automatismo do dia-a-dia, sem deixar – ou sem que outros deixem – que sua criatividade e potenciais aflorem.
Sinceramente, quero fugir de máscaras. Quero buscar a sinceridade, olhos nos olhos, a fala de coração aberto. Quero a verdade no ato e no fato.
Entretanto, se estou de fato no teatro da vida, não posso me contentar em ser figurante na minha história. Tenho que ser o protagonista, o que transforma e é transformado, o que não se conforma, o que quer mudar o mundo, o que vive, de fato.
Abraços a quem me lê.
Jota.
2 comentários:
Mas ser coadjuvante é muito mais facil, mais comodo, ser protagonista dá tanto trabalho quanto ser autor, é ai que as pessoas desistem, viver como mais um, é muito mais facil e talvez mais feliz do que ser aquele que faz, mas não é tão glorioso...
texto lindo, e é bem a verdade do que vivemos não apenas hoje, mas sempre, o homem é consituido por mascaras, e são poucos os que se excedem a essa lei
Mais uma vez devo concordar com o texto exposto. PROTAGONISMO é a palavra! Viva aquilo que você considera verdade, já que é a única forma de viver sinceramente, e sem máscaras.
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