quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A verdade.

“A verdade está sempre a mostra, nua, a nossa frente. Vê-la com suas cicatrizes, marcas, rugas, curvas e dores é nossa escolha pessoal”

Outro-tipo-de-mulher-nua A reflexão sobre a verdade marcou a história da ciência e da filosofia. Sua busca, sua natureza, se é apreensível, se é uma utopia, se é imanente ou transcendente… essa procura ocupou grandes e anônimas mentes, dos castelos e mansões a casebres e favelas pelo mundo.

Milhares de respostas já foram elaboradas, dezenas de perguntas já foram feitas, mas algumas gritam em minha mente no momento: queremos ver a verdade dos fatos? Queremos pensar com sinceridade sobre nós mesmos? Queremos reconhecer a pequenez de nossos pensamentos e atitudes? Queremos viver uma vida real e planejar um futuro possível de ser vivido?

A verdade e não a ilusão, o real e não o sonho, o verossímel e não o imaginário, o palpável e não o onírico, o que a experiência mostra e não o que a tradição afirma… E me ocorre se mesmo esse dualismo cartesiano é fato, ou pura maquiagem de representações em minha pequena mente.

Bem, vivamos.

 

Jota. (noite de Natal, acho que fico bêbado sem beber…)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

2012 - Spoiler

Assisti o filme ontem. Produção com bons efeitos especiais. Sobre o filme, só um comentário:

MPW-45263 “Então disse Deus a Noé: O fim de toda carne é chegado perante mim; porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os destruirei juntamente com a terra.  

Faze para ti uma arca de madeira de gôfer: farás compartimentos na arca, e a revestirás de betume por dentro e por fora.  

Desta maneira a farás: o comprimento da arca será de trezentos côvados, a sua largura de cinqüenta e a sua altura de trinta.“

(Gênese, capi 6, 13-15)

Heheheh – Onda Gigante no Himalaia – uauuuu hauheuaheuhauehue

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ela me ligou e leu…

MAINS

“Enlaçou-me nesse momento uma vontade quase chorosa de tê-lo em meus braços, enlaçado com a força que te desejei, mais de três  vezes, nos nós ofertados ao Bonfim quando ainda criança. Já me via em fé descer as ladeiras da cidade santa. Lá a vontade apontava em formas de lua saudando Iemanjá, mas era tu que vinhas a mim como Orixá vestido de branco. Quero ver-te. Quero verter-te. Que o sal seque na face os momentos, sempre únicos da felicidade que me rompe ao encontrar seus olhos dobrando a esquina.”

Gabriele Generoso – 09/11/09

E o dia se completou com beleza.

Obrigado, Vc é especial, seu lugar ninguém ocupa!

domingo, 8 de novembro de 2009

Mensagem.

Tenho amigos fabulosos que me mostram possibilidades de mundo e idéias que eu nunca havia sequer imaginado.

Um deles – valeu Igor - me mostrou esse blog, Escutei-me e digitei, com textos muito bons mesmo, de onde tirei esse vídeo.

Recomendo.

Abraços a quem lê.

 

Jota

Amar, verbo estranho

Ao passar pela escadaria do prédio escuto a conversa de dois pré-adolescentes, ela, de rosto revoltado, afirmava categórica: “É impossível amar uma pessoa como aquela.” E repete afirmativa três vezes enquanto eu passava.

Mundo estranho esse, no qual crianças já falam com tanta propriedade e certezas sobre amar e malamar.

Pelo menos, que sintamos tudo com intensidade e verdade.

Abraços a vc, que me lê.

Jota.

Sobre a Lei Anti-fumo de Juiz de Fora (Lei 11.813/2009)

proibido fumar

 

A Aprovação recente da lei que proíbe o fumo em locais públicos e fechados em Juiz de Fora é um grande avanço para a cidade.

A despeito do que dizem alguns - que é uma limitação dos direitos individuais - há de se convir que numa cidade com tradição em bares e casas noturnas pequenas e sem ventilação eficiente, essa medida é uma vitória em questão de saúde pública.

Os amigos fumantes me perdoem, entendo as necessidades psíquicas e físicas que levam a permanência do vício - não me fale em hábito, ok? - de fumar. O problema é que se falamos de algo que libera gases e elementos tóxicos e mau-cheirosos no ar, isso deixa de ser individual e se torna uma questão coletiva.

O fato de você fumar não significa que eu deva me acostumar a ficar com MINHAS ROUPAS com cheiro de cigarro ou que deva detonar os meus pulmões e a minha saúde. Quem fuma, não fuma sozinho, espalha seu vício pelo ar.

Considero que a aprovação de tal lei, e seu cumprimento pela maioria dos prestadores de serviço da cidade, tem sido uma vitória, principalmente porque houve a compreensão de todos, ou pelo menos da maioria, de sua legitimidade. Então, parabéns a Câmara e a Prefeitura pela aprovação da mesma*.

 

* Quando é pra criticar, eu critico, mas não vou deixar de elogiar quando eu devo, heheheh

Abraços a quem me lê.

 

Jota 

domingo, 5 de julho de 2009

Matilda – Lembre-se desse nome!

Sábado, 04 de Julho, 22h00, Espaço Mezcla.

matilda capa

Estréia oficial de um quarteto de damas que fizeram a minha noite a mais especial.

Carismáticas, talentosas, envolventes, com um estilo nascente que gera toda uma empatia em seu público.

Seleção musical belíssima e um aconchego mineiro, gostoso como a casinha da avó…heheh

Sugestão: Se puder ir a um show dessas jovens, vá! Arte de gabarito e qualidade vinda desse celeiro que é Juiz de Fora.

Matilda

Veja a apresentação na Corredor Cultural.

Veja o Myspace Matilda.

Veja o perfil do orkut, com a programação de shows desse mês.

Technorati Marcas: ,,,,,

Viver é bom, viva bem vc!

Abraços a quem me lê.

Jota

domingo, 28 de junho de 2009

Sobre a eleição de Barak Obama

“Pobre do povo que precisa de heróis”Bertold Brecht

Desde a eleição do presidente americano, fiquei preocupado com o jeito que ele tem sido tratado como o Salvador e o superherói…

Preciso dizer mais?

heheeh

Jota.

sábado, 27 de junho de 2009

Amadurecimento é dureza.

“Evertything that has a beginning… has an end.”

Uma das maiores marcas da vida adulta é a necessidade de tomar decisões.

Da escolha do que vestir, do que comer, da profissão, das prioridades, de sustentar, ou não, um relacionamento.

Escolher continuar pode ser o melhor em alguns momentos, mas saber quando parar de caminhar também é importante.

A dor que vem da escolha, da palavra dita ou não, de não estar mais dentro ou sentindo algo que sempre sentiu.

Encaremos nossa dor, vivamos como seres completos, não escondidos de nós mesmos.

Jota.

domingo, 3 de maio de 2009

Teatro Cotidiano

"A vida -- e não acredito que sou o primeiro a fazer esta comparação -- é uma doença: sexualmente transmissivel e invariavelmente fatal." [ Neil Gaiman ]

Images_mascaras_teatro1

Hoje fiquei pensando no quanto o teatro serve de metáfora pra forma que vivemos nossas vidas.

Muitos de nós nos acostumamos a viver como nas peças gregas, com máscaras sociais tão fortemente presas em nossas faces, que sequer lembramos quem somos de fato.  As máscaras escondem quem somos para o mundo, mas também escondem a verdadeira beleza do mundo para nossos olhos.

Alguns se viciam, por necessidade, por conveniência, por dor, por prazer em se comportar do jeito oposto ao que são, como formas vazias e sem nexo. Gestos artificiais, palavras sem sentimento, uma peça com atores ensaiados, mas que não comovem.

Outros, deixam o palco da vida, das lutas, dos embates, das epifanias, do risco para alguns poucos e se acostumam a ser figurantes, meros rostos e sussurros no fundo da vida de outros. Vivem no automatismo do dia-a-dia, sem deixar – ou sem que outros deixem – que sua criatividade e potenciais aflorem.

Sinceramente, quero fugir de máscaras. Quero buscar a sinceridade, olhos nos olhos, a fala de coração aberto. Quero a verdade no ato e no fato.

Entretanto, se estou de fato no teatro da vida, não posso me Foto-de-costa-do-protagonista-do-filme-A-ultima-hora_03 contentar em ser figurante na minha história. Tenho que ser o protagonista, o que transforma e é transformado, o que não se conforma, o que quer mudar o mundo, o que vive, de fato.

Abraços a quem me lê.

Jota.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Minha Formosa Hering Vintage 1923


Década de 30, era Getúlio. Era eu e ela, formosa Hering Vintage 1923, minha companheira de bolso, alma e espírito. Tudo começou em meu aniversário de 14 anos, para ser mais exato em 14 de abril de 1929, queria um amigo, ganhei uma gaita! Na época não entendi muito bem, hoje, vejo que foi o melhor presente que ganhei. Pouco a pouco fui manuseando-a, tal instrumento estranho e inédito em minha vida, inédito mesmo, tendo o ponto de vista que a gaita chegou no Brasil só em 1923.
Como minha solidão era evidente resolvi então aprender, logo já tirava meus primeiros sopros, mesmo que ainda desconjuntados, eram meus! Minha própria melodia ecoava, achei o máximo! A idéia de que eu poderia controlar o som com meus sopros era como uma luz na minha vida, dei sorte de não nascer asmático, acho que morreria.
O tempo passava ligeiro, e eu aprendia que ao criar um som eu também poderia me encontrar, ou talvez encontrar algo que sempre pareci procurar, na minha cabeça tudo passava a girar de forma alucinante. Caminhei por ruas confusas disperso no pensamento, somente com a voz do meu coração, que se refletia em impulso para a vibração sonora exercida! Era mágica! A mágica da vida, que te faz encontrar tudo o que se quer em algo que tão pouco se espera.
Quando me rebelava era ela que berrava todo furor que eu precisava dizer, quando estava triste era ela que chorava comigo, quando estava feliz era ela que transmitia alegria aos pássaros, crianças, e todo tipo de espécie que parava para ouvir.
Cantei e contei várias histórias sobre minha formosa Hering Vintage 1923, mais quando tudo se acabou, a matéria virou pó, ainda pude ouvi-la cantar nossa canção de adeus, nas mãos de outro, porém com a sonoridade que eu contemplei durante minha vida! Ó gaita querida, tantos foram os sonhos e os momentos, mas seu som pra mim foi único, jamais te esquecerei!


Abraços a quem lê,
Peaga.