quarta-feira, 12 de maio de 2010

Mexicanas.

“Tlazoltéotl, lua mexicana, deusa da noite huasteca, consetlazolteotl-largeguiu achar um lugarzinho no panteão dos machos astecas.

Ela era a mãe mais que mãe que protegia as paridas e as parteiras e  guiava a viagem das sementes rumos às plantas. Deusa do amor e também do lixo, condenada a comer merda, encarnava a fecundidade e a luxúria.

Como Eva, Como Pandora, Tlazoltéotl tinha a culpa da perdição dos homens; e as mulheres que nasciam em seu dia viviam condenadas ao prazer.

E quando a terra tremia, por vibração suave ou terremoto devastador, ninguém tinha a menor dúvida:

- É ela.”

(GALEANO, Eduardo. Espelhos. uma história quase universal.2ed. Porto Alegre: L&PM, 2009)

CONFESSO: Eu AMO esse livro…

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