“Tlazoltéotl, lua mexicana, deusa da noite huasteca, conseguiu achar um lugarzinho no panteão dos machos astecas.
Ela era a mãe mais que mãe que protegia as paridas e as parteiras e guiava a viagem das sementes rumos às plantas. Deusa do amor e também do lixo, condenada a comer merda, encarnava a fecundidade e a luxúria.
Como Eva, Como Pandora, Tlazoltéotl tinha a culpa da perdição dos homens; e as mulheres que nasciam em seu dia viviam condenadas ao prazer.
E quando a terra tremia, por vibração suave ou terremoto devastador, ninguém tinha a menor dúvida:
- É ela.”
(GALEANO, Eduardo. Espelhos. uma história quase universal.2ed. Porto Alegre: L&PM, 2009)
CONFESSO: Eu AMO esse livro…
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