Dos meus andrajos sujos e rotos farei a seda e a camurça para minha coroação.
Minha sujeira e restos serão a ourivesaria de todo o brilho que me adornará.
Do meu passado execrável retirarei os frutos apodrecidos e de suas sementes nascerão as florestas onde farei minhas novas trilhas.
Da minha dor, do meu amor, do meu prazer inaudito brotará a lágrima e o sangue com o qual erigirei minha fortaleza.
Da minha vergonha, do meu medo, do meu rancor, do meu ódio nada farei.
Ficarão como estão, para sempre me lembrar de minha humanidade miserável.
*música do momento: Perfeição – Renato Russo
Nenhum comentário:
Postar um comentário