domingo, 14 de agosto de 2011

Pater.

 

Obrigado.

Isso diz muito e não diz nada. Uma vida não pode ser resumida em palavras, mas eu tento pelo menos deixar o mundo saber o que você já fez.

Obrigado porque naquele momento, na juventude, quando soube que eu viria, você não ouviu as recomendações amendrontadas dos outros.

Obrigado pelas renúncias, que foram muitas, no trabalho, nos horários, no lazer até no comer, mas nunca foram cobradas, nunca expostas como agressão.

Obrigado pelos exemplos: diários, educativos, vivos. Honestidade, fidelidade, amizade, perseverança, humanidade e humildade, quase tudo vindo de você.

Obrigado por perceber a vocação inata, o desejo de aprender, por respeitar a diferença e permitir que na busca do meu melhor, eu me tornasse o seu melhor.

Obrigado por atender sempre, com carinho, com respeito pelo espaço, mas com uma boa vontade de sujar a mão, o corpo, tudo pela minha alegria.

Obrigado pelas noites em claro, muitas, cansativas, hoje eu sei, em nome da saúde.

Obrigado pelo orgulho compartilhado, pois ver em seus olhos o orgulho por minhas vitórias é um prêmio maior que todo ouro do mundo.

Meu pai, amo você e espero, com muito esforço, ser com minha família, metade do que você foi na minha vida.

É ele, na primeira Eucaristia. Tem semelhança?

Uma cena nunca esquecerei: Sua alegria, quase infantil, ao falar de seu próprio pai, com orgulho, carinho, admiração…

Um comentário:

Welsinho disse...

Alguns traços do Seu Jorge não mudaram. Os olhos, o queixo...são idênticos até hoje.

Que nem você velho. Tem uma foto sua com 7 anos na casa dos seus pais. Tem como errar não.

E tem fotos da Jonayne também. Que por sinal, são bem engraçadas!!! =D